trabalhador brasileiro,
a.k.a. equilibrista,
que às vezes
dorme em pé no busão,
mas não para
na pista.
não olha feio
pros gambé
se hoje tiver revista,
muita fé no vaivém
& se hoje for de trem
abraço vc também,
inclusive o maquinista.
a gente chupa cana,
assovia, e as mana
tem que aturar dia após dia
o machismo dos sacana.
pra vocês aquele abraço
& que os laços que amarram
as mãos daqueles
a quem tudo falta
não alcancem suas almas,
e nem cale a sua flauta.
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Rafa Medeiros,
p(r)o(l)eta.
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Ps.: gambé foi um empréstimo que tomei dos irmãos sudestinos e quer dizer polícia.